Pároco Padre Giovanni Delia

O Rei David conquistou toda Canaã há 3.000 anos e fez de Jerusalém a capital da sua nova nação.

O Rei David convocou os melhores arquitetos de todo o mundo para construírem muitos edifícios maravilhosos, a fim de fazer de Jerusalém o orgulho de Israel. Eles estavam planejando construir um templo para Deus, mas Deus lhes disse através de um profeta chamado Natã para não construírem um. A razão de Deus era muito simples. Desde que os judeus escaparam do Egito, Deus tem andado com eles, vivendo em tendas como os judeus comuns. Por isso, se construísse um templo, daria a impressão de que não estamos mais caminhando juntos. Em outras palavras, nosso Deus não está confinado dentro da  igreja, mas é um Deus que está sempre caminhando conosco. Como está escrito no Evangelho de Mateus: “Seu nome é Emanuel, que significa Deus conosco” (Mateus 1:23).

Outra coisa está escrita no Novo Testamento. “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20). Em outras palavras, estamos em peregrinação na terra. E Deus acompanha-nos nessa peregrinação. No fundo, nós e Deus somos ambos migrantes. É por isso que, do ponto de vista social, a Igreja Católica sempre tratou os migrantes de forma especial.

Por exemplo, todos os anos a Igreja Católica celebra o Dia Mundial dos Refugiados e Migrantes no último domingo de setembro. Este ano é a 110ª vez. É um dia que é valorizado desde os tempos antigos. Este ano, novamente, o Papa anunciou uma mensagem especial para este dia. Mas o importante é que ultrapassemos a discriminação e os slogans preconceituosos para nos ajudarmos uns aos outros, porque, no fundo, somos todos migrantes. Esforcemo-nos e rezemos por isso.

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